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Just Mom

Uma autêntica salada russa (eu sei!), mas espero que se divirtam a ler.

Just Mom

Uma autêntica salada russa (eu sei!), mas espero que se divirtam a ler.

23
Fev18

Siria... até quando?

Mom Sandra

A guerra começou em 2011. Em sete anos originou mais de meio milhão de vitimas mortais. Mais de dez milhões de pessoas - metade da população síria e aproximadamente a população portuguesa - fugiram para outros países - nomeadamente países europeus - à procura de uma vida melhor. Um país totalmente destruído.

 

 

ghouta oriental.jpg

 

Muitos não sabem porque acontece e outros só têm a ganhar, enquanto a mesma decorre. Neste momento, e ao fim de tantos anos, acho que, na verdade, já não interessa quem é o "bom" ou quem é o "mau", porque já são todos maus. Ambos os lados se justificam com a reposição de uma democracia, mas a verdade é que são os civis que estão a sofrer e a morrer... Principalmente as crianças.

 

Todos os dias temos notícias daquela catástrofe e todos os dias as notícias são piores do que no dia anterior. Ataques mais horrendos do que os anteriores, com mais vitimas e, aquilo que considero o mais macabro desta guerra: cada vez mais vitimas infantis.

 

Desde domingo, segundo a ONU, acontece o pior massacre desde o início da guerra, em Ghouta Oriental, nos arredores de Damasco. Morreram cerca de 400 pessoas, das quais 150 crianças que iam a caminho da escola, ou estavam internadas no hospital.

 

O Jornal de Notícias publicou, 20 imagens impressionantes deste massacre. São 20 fotografias que testemunham as vitimas, os mortos e a destruição que resultaram da violência deste ataque.

 

O que mais me impressionou nestas imagens, foi o facto de, em metade delas estarem retratadas crianças feridas e, notoriamente, em estado de choque e, dessas, nove representam crianças que com menos de sete anos, ou seja, nasceram já em plena guerra e não conhecem outra realidade que não esta - a guerra!

 

Ao ver as imagens, só pensava:

Como será o futuro de uma pessoa que não conhece a paz?, que cresce a ver e a ouvir bombas a caírem, e prédios ruídos, e destruição por todo o lado?, que houve o choro sofrido dos adultos, devido aos familiares que morrem, vitimas das bombas?

 

Concluo que não tenho respostas a estas perguntas. Concluo que me é, totalmente impossível, imaginar viver neste horror e isso faz-me sentir segura. Muito segura.

 

 

 P.S. - o Conselho de Segurança da ONU está a negociar um cessar fogo de 30 dias!!!, há mais de duas semanas!!! 



17
Ago17

Este post NÂO é para todos

Mom Sandra

AVISO

 

ESTE É UM POST A FAVOR DOS DIREITOS HUMANOS. EU DEFENDO QUE TODOS, INDEPENDENTEMENTE DA SUA COR, RELIGIÃO, NACIONALIDADE, IDEOLOGIA, IDADE E SEXO, TEMOS OS MESMO DIREITOS. EU DEFENDO QUE TODOS SOMOS IGUAIS.

 

SE ESTÁS A LER ESTE POST E NÃO DEFENDES A IGUALDADE, LIBERDADE E FRATERNIDADE, NÃO VALE A PENA LERES O RESTO, PORQUE VAIS FICAR ROXO DE RAIVA. SE PREFERIRES LER, NÃO VALE A PENA COMENTARES O QUE PENSAS PORQUE NÃO VOU PUBLICAR, NEM RESPONDER.

 

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No domingo passou na televisão o filme O Mordomo. Nós vimo-lo. Nunca tinha visto, mas há muito que andava para ver.

 

Para quem não viu, o filme conta a história verídica de um mordomo negro que serviu 8 presidentes na Casa Branca, durante o período de 1952 e 1986. O filme começa com a morte do pai de Cecil (o mordomo) e termina com a sua morte.

 

Do meu ponto de vista, a sorte de Cecil foi a morte do pai, que lhe proporcionou a liberdade... Bem, não a liberdade exactamente como nós a conhecemos, mas uma liberdade condicionada pela sua cor. Cecil "aceitava" a sua condição, sabia que, só pelo simples facto de ser negro, era um ser inferior. Cecil teve filhos, o primeiro - Louis - recusava ser inferior só pela cor da sua pele e lutou contra o racismo e  o preconceito da sociedade. Louis lutou ao lado de Martin Luther King e de Malcom X, sofreu, por diversas vezes, de brutalidade (não apenas policial) e foi preso muitas outras. Cecil começou por proibir o filho de se envolver nas lutas raciais, cortou relações com o filho quando percebeu que as suas palavras não eram ouvidas e demorou muito a perceber que o filho, afinal, tinha razão.

 

O filme mostra-nos a luta contra o racismo. O filme mostra-nos como essa luta influenciou diferentes presidentes. O filme mostra-nos como esses presidentes mudaram a sociedade, concedendo aos negros o direito de serem iguais aos brancos.

 

 

 

Quando o filme acabou a sensação que tinha era que, muitas décadas depois destas lutas, o horror voltou. As imagens que o filme mostra eram, em tudo, idênticas às que nos chegam de Charlottesville. A violência racial voltou com tanta força como no século passado... E o pior de tudo é que, desta vez, há um presidente a dar força a quem defende estas ideias racistas.

 

 

Concluo com duas frases:

Parece-me inconcebível que, no país da liberdade, esta violência não seja condenável por quem tem a obrigação de o fazer.

 

Penso que a crescente violência racial se deve a dez anos de recalcamento... Deve ter sido duro, para muitos americanos, engolir o enorme sapo Obama.



13
Abr15

Cenas que não entendo... #3

Mom Sandra

Não consigo perceber porque é que há pais que "mandam" os filhos para as escolas doentes! Epá! Não consigo! É algo que me ultrapassa!

E não me venham com argumentos do tipo: se calhar não têm com quem os deixar, se calhar não podem faltar ao trabalho, se calhar acharam que o filho já estava bom, etc e tal...

 

No JI da Maria, os miúdos já foram com febre, com diarreia (pré-diagnosticada pelos pais), com vómitos (também pré-diagnosticado pelos pais), com tosse aguda, com dores de garganta... Estamos a falar de crianças com idades entre os 3 e os 6! Muitas nem sabem limpar o rabo, bolas!

Será que estes pais não percebem o impacto que tem nas crianças, fazerem cócó nas calças? (sim, porque com diarreia são muitos os que não têm tempo de chegar à sanita); ou vomitarem no meio da sala? (a maior parte delas nem sabe vomitar, é um impulso que não compreendem e têm tendencia para o engolir).

Será que não percebem que os filhos vão andar a pegar o virus, ou a virose ou o raio que o parta aos outros? Será que, se o argumento deles é algum dos anteriores, não pensam que, se calhar, o mesmo se passa com os outros?

 

Hoje estou com vontade de fazer isto a algumas mães/pais:

 

pior do que nós I.png

 

Eu sei que não sou cão, logo não posso fazer isto!...

Devido à impossibilidade de tornar o meu desejo de hoje concretizado, formulo outro: uma caganeira, daquela muito, mas muito liquida às mães/pais que mandaram os seus queridos e amados filhos para a escola ainda doentes - com diarreia e vómitos e a comer dieta!

 

Sorry about that! Mas hoje estou muito, mas muito irritada, mesmo!

 

 



13
Jan15

Cenas que não entendo...

Mom Sandra

Por vezes sinto-me uma perfeita anormal no mundo em que vivo. A educação que procuro dar às minhas filhas ainda inclui regras, educação e coerência, no entanto, cada vez me sinto mais única nesta forma de educar.

Não entendo aqueles pais que:

  • proíbem os filhos (e falo de crianças com menos de 5 anos) de beber leite de vaca, ou de comer carne - só porque são de origem animal - mas depois permitem que os mesmos bebam coca-cola...
  • falam com os filhos (e repito, falo de crianças com menos de 5 anos) como se estivessem a falar com adultos e depois queixam-se que os filhos são "mal comportados"... ("aprendem estas coisas na escola" - dizem, em modo de desculpa)
  • não sabem dizer NÃO aos filhos (não esquecer que falo de crianças com menos de 5 anos) e depois queixam-se que os mesmos lhes batem...
  • não ensinam regras aos filhos e depois ficam muito admirados quando são chamados às escolas/jardins de infância porque os filhos não se sabem comportar...

Estes são apenas alguns (poucos) exemplos de cenas que não entendo e que me fazem pensar que estas crianças um dia serão adultos... que nos vão governar...

Faz-me pensar o quanto estaremos entregues aos bichos! E qual o futuro que nos espera...