Hoje a Helena ensinou-me que existe uma calculadora que nos mostra há quanto tempo estamos sem qualquer coisa.
Curiosa que sou, fiz-me à estrada direita à calculadora, para saber quanto tempo passou desde que deixei de fumar, e esta apresentou-me uns números redondos... Redondos e bonitos!
Depois pus-me a pensar nisto do Dia do Não Fumador...
Pela primeira vez em 1 anos, 10 meses, e 17 dias esta data fez todo o sentido. Pela primeira vez em 690 dias percebi a importância deste dia. Aprendi que o ar é mais fresco e que andar de bicicleta voltou a ser fantástico (agora até ando a treinar andar sem mãos). Aprendi que há alimentos muito bons e outros menos bons, mas que todos têm o seu sabor. Aprendi que o café, mesmo com espuma, pode ser uma porcaria. Aprendi que a minha pele também pode ser brilhante e que o bronze é mais duradouro. Aprendi que tudo tem o seu cheiro, e que há cheiros que preferia nunca ter conhecido. Aprendi que quando começo alguma coisa não preciso de parar até a acabar.
E aprendi, acima de tudo, que sou um exemplo para as minhas filhas.
P.S. - o ano passado evitei pensar neste assunto. Achei que era cedo demais. Não fazia sentido.
Não quero saber se hoje é dia de alguma coisa, porque, cá em casa, hoje, o dia é meu!!!
E perguntam vocês,
porque é que o dia de hoje é teu, Mom Sandra?
O dia de hoje é meu porque faz
que tomei a maior decisão da minha vida. Foi uma decisão impensada, impulsiva, como tantas outras que já havia tomado e outras tantas que ainda estão para vir.
Há um ano estava na cama, doente... e assim passei três dias. Três horríveis dias passados num quarto escuro, sem noção das horas. Três dias perdidos, sem saber o que se passava no exterior daquela divisão. Três dias sem sair dos lençóis e a sentir-me a morrer lentamente.
Por culpa (sim, porque tem de haver sempre um culpado) de todas as dores que senti durante aqueles dias, decidi que nunca mais na vida iria voltar a pegar num cigarro e a fumá-lo.
Faz hoje um ano que tomei esta decisão e mantive-a.
Tive dias em que me arrependi duramente de a ter tomado...
Tive dias em que chorei, de tanta vontade que tinha de fumar...
Tive dias em que gritei com tudo e com todos...
Mas também tive dias intensamente vitoriosos, como por exemplo quando fiz 100 dias sem fumar, ou quando alcancei a meta dos seis meses de abstinência, assim como todos os outros dias 28 de cada mês.
Sim, foi difícil atingir os 365 dias sem nicotina no corpo, mas hoje sinto-me (novamente) A Maior!
É extraordinário!!! É quase um sonho tornado realidade (só não o é porque nunca sonhei com isto)!!!
... Quando fiz 150 dias sem fumar fiquei super contente, mas ao mesmo tempo achei que esses dias tinham sido um pesadelo... Ao fim de 50 dias depois do post dos 100 Dias, só conseguia dizer que as coisas estavam... piores... Eu continuava sem tocar no tabaco... mas a vontade não cessava...
Após 150 dias sem fumar, pensava que as coisas eram mais fáceis. Pensava que, depois de tantos meses, os dias fossem passados com uma perna às costas (no que ao tabaco diz respeito). Pensava que, ao fim de cinco meses a vontade já tivesse desaparecido, por completo! Mas não! As duas semanas anteriores aos cinco meses foram um enorme pesadelo! A ânsia dominou-me por completo. Foram mais os momentos em que estive com ansiedade do que os que não estive.
No dia em que fiz os cinco meses sem fumar, parei para tentar perceber o que se estava a passar comigo. Porque é que, de repente, algo que estava a correr tão bem, se tornou, quase de um dia para o outro, tão difícil? Ainda hoje não sei dizer se foi porque a excitação inicial passou, ou se foi porque, a determinada altura, pareceu-me que a capacidade de lidar com esta privação estava a ser demasiado fácil, ou ainda se foi porque, depois de atingidos os três meses, tivesse ganho demasiada confiança e tivesse pensado que isto estava no papo...
Mas hoje, 180 dias depois do primeiro (e único) pensamento "Vou deixar de fumar!", seis meses depois daquele dia definitivo, tudo acalmou!
Hoje já tenho de usar as duas mãos para dizer há quanto tempo não beijo um cigarro! e isso, eleva-me a moral.
Há 121 dias atrás tomei uma decisão de animo leve... Nem me apercebi muito bem no que me ia meter. Para dizer a verdade, nem pensei muito no assunto, simplesmente acordei uma quarta-feira e decidi que não ia fumar mais.
A única pessoa com quem tinha comentado que estava a considerar deixar de fumar, foi o maridão... No inicio de Setembro!
Deixei de fumar porque o Pai Chico ficou muito doente. Deixei de fumar porque a Inês tinha acabado de aprender que "fumar faz mal" - e que raio de mãe estava a ser eu ao fumar? Aquela que dava o mau exemplo! Ou aquela que, daqui a uns anos, não podia ter moral de lhe chamar a atenção acerca dos cigarros! - e eu tinha de lhe mostrar que sim. Deixei de fumar porque o meu pai me perguntava, sempre que estava com ele - Então quando é que deixas de fumar? - e eu apenas lhe dizia, um dia. Deixei de fumar porque fiquei três dias sem me conseguir mexer, deitada na cama, com a pior gripe que já apanhei, até hoje.
Nos primeiros dias senti umas dores de cabeça fortíssimas e uma tosse horrivel - que me fazia cuspir catarro preto - uma energia enorme, devido à ansiedade, e uma vontade de comer gigantesca. Tinha de fazer um esforço enorme para me concentrar e para afastar a vontade de fumar. Esta crise de abstinência duro, para aí... quase 4 meses!
121 dias depois de deixar de fumar sinto-me mais leve, mais feliz, concretizada, a vontade de fumar já não é permanente, aliás, já consigo passar muitas horas sem pensar no cigarro.
121 dias depois de deixar de fumar sinto que o meu olfato é o de um labrador - todos os cheiros me chegam ao cérebro - o meu paladar é mais forte - sinto tanto os sabores! - a minha resistência fisica é muito maior.
121 dias depois de deixar de fumar sinto-me maior! (ok... esta parte deve-se aos muitos quilos que ganhei! que me levou a subir o nº da roupa e que leva os outros a perguntarem-me se estou grávida... )
Não sei como vai ser o futuro, mas vontade não me falta!!!
Tomei conhecimento que existiam quando a Helena_ decidiu escrever acerca da sua nova terapia anti-fumos. Uns dias depois vi que lá pelas terras dos Cangurus a coisa também já é moda! Hoje decidi escrever acerca deles, porque já imprimi uns desenhos para ver o que acho...
Alguém (vamos chamar-lhe Centopeia) desenhou, um certo e lindo dia (ou talvez não estivesse tão lindo o dia, senão não tinha perdido tempo a fazer isto - risca-se o "e lindo") uns rabiscos numa folha de papel e pediu a um adulto para o pintar.
Esse alguém devia ser psicólogo (ou psiquiatra) e devia estar a fazer um daqueles estudosfantásticos acerca de: As Melhores Formas Para Combater O Stress Que Os Adultos Acumulam No Seu Dia-a-dia.
O resultado dessa experiência deve ter sido o que Centopeia estava à espera: uma diminuição significativa do stress no adulto que pintou o desenho. Nesse momento Centopeia esqueceu por completo o seu fantástico e revolucionário estudo e pensou "talvez fosse uma excelente ideia criar um livro para os adultos colorirem... Se calhar está aqui uma oportunidade de negócio lucrativo!"
Vai daí e não foi de modas, mandou a sua secretária cancelar todas as consultas que tinha agendadas para os seis meses seguintes e trancou-se, durante um mês, numa casa (que os pais tinham para lá do sol posto) e desenhou até acabar com todas as cinco resmas de papel que tinha de disponíveis. Desenhou mais de dois mil e quinhentos desenhos, todos a preto num fundo branco.
Assim que terminou a sua árdua tarefa, Centopeia ligou para a sua amiga Carocha - que por acaso era editora numa das maiores editoras do seu país - a combinar um cafezinho, como quem não quer a coisa. Quando se encontraram, Centopeia expôs a sua ideia à amiga Carocha e mostrou-lhe, apenas, cinco desenhos (que apresento neste post), sugerindo que a amiga tentasse colori-los.
Nessa noite Carocha seguiu o conselho da amiga e coloriu os desenhos. Sentiu-se logo diferente! Percebeu que, enquanto se dedicava à pintura daqueles desenhos, não estava a pensar em mais nada senão nas cores a utilizar e na melhor forma de as conjugar. Carocha ficou tão entusiasmada com a ideia que ligou logo para a amiga Centopeia a informá-la que a ideia iria para a frente!
E foi! E virou moda! No mundo inteiro!
Para quem não sabe do que falo, informe-se aqui!
Como não quero que vos falte nada, deixo aqui cinco desenhos e os seus links, para poderem imprimir e pintar!