Ontem demos um pulinho à capital e divertimo-nos à brava!!!!
Deixo-vos um "cheirinho" do que vimos por lá.
Acerca da primeira aventura destas férias, só vos tenho a dizer isto:
Deixámos o carro longe com'ó raio... Aproveitámos e jantámos antes de lá chegarmos... Vimos tudinho e adorámos... Depois fomos passear pela baixa e ainda vimos a pista de gelo.
O regresso ao carro foi feito com muito custo!... A Maria teve sorte e fez metade do caminho às minhas cavalitas...
Assim que chegámos a casa, as miúdas prepararam-se e deitaram-se... E bastaram 30 segundos para adormecerem!
A manhã passou-se calmamente, sem a habitual pressa matinal. Elas tomaram o pequeno-almoço como gostam, em frente à tv.
Mais tarde fomos a pé, à aldeia mais próxima, fazer compras de Natal... O dia fantástico convidou-nos a dar um passeio pelo campo. Ouvimos os pássaros. Olhámos as flores. O vento soprava frio, mas o sol aqueceu-nos. Uma boa conjugação de um dia primaveril. O caminho fez-se com boas conversas e canções. E risos... tantos!
Decidimos voltar para casa a pé e fomos por um outro caminho. A serra estava a ficar totalmente encoberta e o dia estava a começar a ficar mais frio...
A meio deparámo-nos com esta surpresa:
Quem adivinha o que é?
duas pistas:
1) é um fruto.
2) está fora de época (normalmente crescem no Verão).
(Hoje foi mais um dia de fortalecermos laços e de percebermos que a Natureza está a mudar... desconfiamos que para pior)
Todos os sábados de manhã, no programa Barulho das Luzes, há uma rúbrica com o Dr. Mário Cordeiro - pediatra - em que este responde a algumas dúvidas expostas por pais. Este sábado, o tema foi o Natal e a forma como esta época festiva afecta as crianças... Como sempre, falou muito bem, mas o que me chamou a atenção foi mesmo:
Qual a diferença entre Prendas e Presentes?
Prendas - vem da palavra prendado. Algo que se dá a alguém que foi prendado, que fez algo bem feito. Uma recompensa. (por exemplo: uma criança teve boas notas, ou um bom comportamento - oferece-se uma prenda)
Presentes - vem de presença. Algo que damos a alguém de que gostamos e que queremos que se lembre de nós. Uma lembrança. (por exemplo: oferecemos um livro a alguém, sabemos que, sempre que a pessoa pegar no livro, vai-se lembrar de nós - estamos presentes na sua vida)
Porque isto fez sentido, para mim, decidi partilhá-lo convosco... O que acham? Faz sentido ou não faz?
Digo-vos já, assim de caras, que uma das "coisas" que mais me irrita é aquela malta que, por um qualquer motivo que apenas interessa aos próprios, não se sabem comportar em sociedade... Acham-se Deus Nosso Senhor - Criador do Céu e da Terra, e, mesmo sabendo que alguém irá ficar prejudicado, tomam pequenas atitudes para o seu próprio bem-estar.
Cá em casa baptizámos essas pessoas de: Só.
Cenário 1:
Carro parado em segunda fila, ou num local proíbido, ou em cima do passeio, ou numa curva
Depois de muitos apitos e nervos em franja, chega o/a condutor/a (uns chegam a correr, outros como se não se passasse nada) e diz:
Fui sóali...
Estava sóa...
Cenário 2:
Fila (não interessa o tamanho, afinal, fila é fila!) na mercearia, ou caixa de supermercado, ou outro qualquer estabelecimento comercial
Chega o/a cliente apressado/a e diz:
Não se importa que passe à frente, sótenho um artigo...
Deixei o almoço (ou jantar, depende da hora) ao lume, e sóagora é que vi que me faltava, posso passar à frente?
As minhas respostas são sempre a mesmas:
Eu também sóquero passar!
ou
E eusó tenho isto (aponto para as compras)
Também eu!... E sóme esqueci disto (aponto para as compras)
A Maria sempre adorou os livros e ansiava por saber ler.
Este ano, entrou para o 1ºAno e está a aprender as letras, as palavras e as sílabas. Anda pela casa a soltar palavras e a adivinhar as letras que as compõem...
É mais ou menos assim:
"Papoila! Pa... Pa... P! (ta-pe-te... pê... pa (quase inaudível)) A primeira é o P!"
(e escreve as letras numa folha)
"Papoila! Pa... Poi... Oi... O. I... Pa-poi... (ta-pe-te... pê... poi (quase inaudível)) P!... P-o-i!"
Não me canso de assistir à magia da descoberta das letras e das palavras. Primeiro foi a Inês e agora a Maria. Ambas viveram intensamente esta fase do Aprender a Ler.