O ano está mesmo, mesmo, a acabar e com ele uma enorme fornada de acontecimentos ficarão na memória de cada um de nós.
A cada cabeça o seu balanço anual. Para uns o ano foi do best, para outros o pior de sempre e, para alguns um ano como todos os outros, mas todos temos algo a extrair que nos vai fazer amadurecer.
... houve momentos bons, muito bons, maus e péssimos... como em todos os outros anos.
Desejei que nevasse todos os dias frios, e houve tantos...
Vi o sol nascer, quase todos os dias, de Setembro a Dezembro.
Meti as mãos na terra e nasceram novos seres.
Ri muitas vezes - algumas nas alturas indevidas.
Parti pratos e copos.
Abracei e dei as mãos a quem amo.
Gritei mais do que devia.
Corri e saltei.
Subi montes e molhei os pés nas poças.
Pisei as folhas secas dos plátanos, caídas no chão.
Perdi comboios e perdi-me na cidade que outrora foi minha.
E chorei... alegria, dores, frustração, raiva, tristeza, incompreensão, injustiça.
2016 está a doze horas de distância. Vou, a cada hora, apontar um desejo num papel e serão esses os meus desejos para o novo ano (talvez este ano consiga pedir os 12 desejos, é que me perco sempre ao fim de dois ou três... )
E agora despeço-me, sim! porque a minha vida não é só isto...
Não quero saber se hoje é dia de alguma coisa, porque, cá em casa, hoje, o dia é meu!!!
E perguntam vocês,
porque é que o dia de hoje é teu, Mom Sandra?
O dia de hoje é meu porque faz
que tomei a maior decisão da minha vida. Foi uma decisão impensada, impulsiva, como tantas outras que já havia tomado e outras tantas que ainda estão para vir.
Há um ano estava na cama, doente... e assim passei três dias. Três horríveis dias passados num quarto escuro, sem noção das horas. Três dias perdidos, sem saber o que se passava no exterior daquela divisão. Três dias sem sair dos lençóis e a sentir-me a morrer lentamente.
Por culpa (sim, porque tem de haver sempre um culpado) de todas as dores que senti durante aqueles dias, decidi que nunca mais na vida iria voltar a pegar num cigarro e a fumá-lo.
Faz hoje um ano que tomei esta decisão e mantive-a.
Tive dias em que me arrependi duramente de a ter tomado...
Tive dias em que chorei, de tanta vontade que tinha de fumar...
Tive dias em que gritei com tudo e com todos...
Mas também tive dias intensamente vitoriosos, como por exemplo quando fiz 100 dias sem fumar, ou quando alcancei a meta dos seis meses de abstinência, assim como todos os outros dias 28 de cada mês.
Sim, foi difícil atingir os 365 dias sem nicotina no corpo, mas hoje sinto-me (novamente) A Maior!