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Just Mom

Uma autêntica salada russa (eu sei!), mas espero que se divirtam a ler.

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05
Mai15

Cenas que me acontecem #6

Mom Sandra

Hoje decidi trazer uma história que demonstra algumas das excelentes e fantásticas qualidades - a idiotice e a arte para me meter em trabalhos - que me descrevem.

 

Esta situação passou-se nos finais dos anos 80, aqui em Colares. Eu tinha 12 anos.

 

Nas traseiras da nossa casa existia um campo de futebol, que era frequentemente utilizado pelo clube da terra, para a realização dos jogos distritais de futebol e, por nós, crianças, para brincadeiras e diversão.

Era frequente irmos para este campo andarmos de bicicleta, ou jogar futebol, ou rugby, ou outras brincadeiras que nos tivesse a apetecer fazer.

Naquele dia decidimos ir jogar à bola nesse campo e fizemo-lo durante um bom bocado... Até ficarmos completamente de rastos. Para descansarmos procurámos uma zona com sombra e sentámo-nos na galhofa uns com os outros (éramos cerca de 8 miúdos).

Eu, que poucas vezes tinha estado parada mesmo debaixo de uma baliza, não consegui ficar quieta no meu canto e fui "explorar" a baliza. Percebi que, nos postes, existia uma espécie de anéis (onde se prendem a rede, nos dias dos jogos) e que paralela à trave existia uma corda (que suporta as rede na parte de trás da baliza, para fazer aquele efeito de telhado/parede).

(pus, neste momento, em prática a minha excelente e fantástica qualidade de: ser idiota) Armada em boa, achei que era uma boa ideia escalar a baliza e sentar-me na trave, com os pés em cima da corda. Escusado será dizer que, uns minutos depois uma das minhas amigas me estava a imitar e, também estava sentada na trave, com os pés na corda. Neste momento cada uma de nós estava sentada numa ponta da trave...

 

Baliza de Futebol

 

(agora entra em acção a excelente e fantástica qualidade de: me meter em trabalhos) Como tenho de ficar sempre por cima e achei que ainda não era a maior, decidi começar a passar de uma ponta da trave para a outra, sempre com os pés na tal corda. Fi-lo uma vez e a coisa resultou! Fiz a segunda e percebi que estava a ter êxito na façanha, pelo que valia a pena tentar uma terceira vez - até porque aquilo era facílimo de se fazer - e aproveitar que os meus níveis de confiança estavam no auge, lá fui eu fazer a terceira travessia...

Mas, não contei com a chica-espertice dos outros. É que, preso à corda onde eu tinha os pés, estava um ferro e um dos miúdos começou aos pulos a tentar apanhá-lo... Até que o conseguiu! Ao fazê-lo a corda desceu. Os meus pés escorregaram e eu... Bem, eu fiquei presa num dos muitos ganchos que a trave tem (servem para prender a rede à trave) com... Aposto que não adivinham!... Dou-vos uma pista: eu estava de calções... Ainda não?... Ok, eu digo-vos: As cuecas!!!! Nem mais nem menos!!! Eu fiquei presa pelas cuecas, na trave da baliza, com os braços, as pernas e a cabeça para baixo...

 

Já sei que se estão a perguntar: "Mas como é que saíste de lá, Mom Sandra?"... Isso é a outra parte da história...

 

Os minutos seguintes foram de horror, não só para mim, como para quem estava comigo.

Éramos oito miúdos entre os 12 e os 4 anos, nenhum tinha altura suficiente para me agarrar e, muito menos força.

Eu comecei a gritar... As cuecas começaram a dar sinal de quererem rasgar... Eu comecei a chorar... Até que alguém se lembrou de ir a correr chamar o rapaz mais velho e mais alto da zona. Ele chegou com um banco e conseguiu tirar-me da trave antes que as cuecas se rompessem e eu caísse de uma altura de 2,44 metros!

Fiquei-lhe eternamente grata por isso! E aprendi esta lição! Nunca mais escalei uma baliza!

 

 

Acabo a história a dizer-vos que o rapaz que me salvou foi, nem mais nem menos do que o maridão...  

 

 

 

 



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